LINGUAGEM SIMPLES PARA PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBICA

Autores

Palavras-chave:

Linguagem simples, Administração pública, autismo, hipervulnerabilidade

Resumo

Este artigo examina o avanço da linguagem simples no contexto da Administração Pública direta e indireta voltada para as pessoas com TEA, considerando sua hipervulnerabilidade, e destaca o papel da informação clara e objetiva como instrumento inclusão social e eficiência. A partir da Lei nº 15.263/25, o texto discute o papel do Estado como facilitador da linguagem simples na esfera pública como condição essencial para garantir o acesso à informação e o pleno exercício da cidadania. De abordagem qualitativa, foi utilizada como técnica metodológica a pesquisa bibliográfica, desenvolvida através de análise exploratória em livros, artigos científicos, teses, dissertações, legislação e jurisprudência. Como resultado destaca-se que a Política Nacional de Linguagem Simples nos órgãos e entidades da administração pública, apensar de um instrumento jurídico útil para implementar políticas públicas inclusivas aos autistas como soluções viáveis, necessita avançar para compreender as especificidades dessa população, e que a linguagem simples efetivamente contemple todo cidadão brasileiro. 

 

Biografia do Autor

Anderson Andrade de Araújo, Tabelião Titular do 2º Ofício de Notas e Registro de Bananeiras/PB

Tabelião Titular do 2º Ofício de Notas e Registro de Bananeiras/PB. Mestre em Direito, Governança e Políticas Públicas pela Universidade Salvador (UNIFACS) e Mestre em Direito e Desenvolvimento Sustentável pelo Centro Universitário de João Pessoa (PPGD/UNIPÊ). João Pessoa, Paraíba, Brasil

Mônica Matos Ribeiro, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2018), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2005) e graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Católica do Salvador (1997). Atualmente é professora adjunta do Colegiado de Administração, Campus V, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB); professora do Mestrado Profissional em Direito, Governança e Políticas Públicas da Universidade Salvador (UNIFACS); e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem experiência na área de Administração e Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, crise fiscal, reforma do estado e finanças públicas.

Leonardo Correia Pinheiro de Andrade, FAPESB: Salvador, Bahia

Graduando em Ciências Econômicas pela Universidade Salvador (UNIFACS). Bolsista de Iniciação Científica pela FAPESB.

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Publicado

12-12-2025