A PROTEÇÃO DE MENINAS NO CONTEXTO NORMATIVO: COMPROMISSO JURÍDICO, SOCIAL E HUMANO SOB A PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS E DA IGUALDADE DE GÊNERO

Autores

Palavras-chave:

Proteção de meninas, Igualdade de gênero, Interseccionalidade, Direitos Humanos, Perspectiva de gênero no judiciário

Resumo

A proteção de meninas constitui dimensão central dos direitos humanos e da cidadania, articulando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n.º 5 da Agenda 2030 da ONU, que busca alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento feminino. A pauta transcende políticas públicas e insere-se na consolidação democrática, exigindo atuação integrada da sociedade civil, instituições jurídicas e movimentos sociais. Essas reflexões teóricas têm inspirado avanços institucionais relevantes. Destaca-se a Resolução n.º 492 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de março de 2023, que estabelece diretrizes para aplicação da perspectiva de gênero no Judiciário brasileiro. O documento dialoga com o Protocolo para Julgar com Perspectiva de Gênero, elaborado no México em 2013, propondo análises judiciais interseccionais que considerem simultaneamente fatores de vulnerabilidade como gênero, cor e classe social. Este estudo fundamenta-se em pesquisa bibliográfica e documental, com análise de marcos normativos nacionais e internacionais, além de contribuições teóricas de autoras e autores que discutem gênero e interseccionalidade. Foram examinados documentos oficiais, tratados internacionais e resoluções institucionais, buscando compreender como tais instrumentos orientam práticas jurídicas e políticas públicas voltadas à proteção de meninas e mulheres.

 

Biografia do Autor

Adriana Torres Alves de Jesus, Universidade Estadual da Paraíba

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Universidade Federal da Paraíba (2005). Doutora em Direito da Cidade pela UERJ (2015). Professora da Universidade Estadual da Paraíba, Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Privado; atuando principalmente nos seguintes temas: Direito de Família, Direito da Criança e do Adolescente e Psicologia Jurídica . Coordenadora de projetos de extensão relacionados à temática da infância e juventude. 

Niná Gomes Fortunato, Acadêmica de Direito na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)

Acadêmica de Direito na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e tenho grande interesse nas áreas de Direito Empresarial e Direito Previdenciário. Desde o início da graduação, busco uma formação prática e conectada com a realidade profissional, participando de projetos e atividades que ampliam minha visão sobre o papel social do Direito. Atuo como representante de turma há mais de dois anos e atualmente sou presidente do Conselho de Representantes, experiência que fortaleceu meu senso de responsabilidade, liderança e mediação de interesses coletivos. Campina Grande/PB.

Ana Cristina Barbosa Guedes, Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba/Universidade de Brasília

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (1999). Atualmente é técnico jurídico e exerce o cargo de Assistente Jurídico no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Atualmente é Mestranda em Direito do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Brasília (UNB).

Referências

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Publicado

12-12-2025